Eleição nos EUA: na reta final de campanha, Trump e Kamala disputam os votos e a atenção dos americanos
17/10/2024
(Foto: Reprodução) As aparições dos candidatos em público nem sempre têm o efeito esperado. Possíveis deslizes são como um presente para a campanha adversária. Aparições públicas de Trump e Kamala têm efeito contrário na reta final da eleição dos EUA
A menos de 20 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, os candidatos disputam os votos e a atenção dos americanos. Mas as aparições em público nem sempre têm o efeito esperado.
“Aumenta o som”, disse Donald Trump para ouvir “Ave Maria” na versão de Luciano Pavarotti.
Na segunda-feira (14), na Pensilvânia, o candidato republicano participava de um evento em que deveria responder a perguntas dos eleitores. Duas pessoas na plateia passaram mal. Depois da confusão, Trump interrompeu o diálogo e pediu para ouvir a playlist da campanha. E lá se passaram quase 40 minutos.
O episódio reacendeu o debate sobre lucidez e idade na corrida presidencial. A campanha da democrata Kamala Harris declarou que Trump parecia perdido, confuso e paralisado. Possíveis deslizes são como um presente para a campanha adversária.
Kamala Harris
Jornal Nacional/ Reprodução
Em entrevista na quarta-feira (16) para a Fox News, emissora de TV conhecida por apoiar Donald Trump, Kamala disse que, caso seja eleita, não mudaria nada do que foi feito pelo presidente Joe Biden. Trump pinçou a frase para criticar a oponente e destacou: ela não vai mudar nada.
O republicano tem usado aparições públicas para defender posições do passado. Em um evento na quarta-feira (16), ele foi questionado por um eleitor que votou nele em 2020 e se arrependeu:
“Quero lhe dar a chance de ganhar meu voto. Fiquei perturbado com o 6 de janeiro de 2021”.
"Foi um dia de amor”, Trump respondeu sobre o dia em que centenas de apoiadores dele invadiram o Congresso americano para tentar impedir que Joe Biden fosse certificado como presidente.
Kamala Harris tem explorado temas centrais da eleição, como economia e democracia.
Eleição nos EUA: na reta final de campanha, Trump e Kamala disputam os votos e a atenção dos americanos
Jornal Nacional/ Reprodução
Não são mais meses. Agora, as campanhas contam dia após dia. Para ser exata, 19. São eleitores indecisos em sete estados o que separa os dois candidatos da Casa Branca.
Por isso, os dois candidatos reforçam as campanhas nesses estados. Muitas vezes, com o apoio de celebridades da política e até do cinema. Do lado republicano, o ator Dennis Quaid disse que Trump era o candidato favorito dele no século XXI. Do lado democrata, Kamala chamou o ex-presidente Barack Obama para tentar ganhar o voto de homens negros, com quem ela tem menos popularidade. Bill Clinton também entrou na campanha.
E outro ex-presidente, o centenário Jimmy Carter, anunciou que votou em Kamala Harris na quarta-feira (16), na Geórgia - estado que faz a votação antecipada.
Nessa reta final, os temas e as trocas de farpas não são totalmente novos. O formato, talvez. Música, dança e provocações mais duras dos dois lados. A novidade é que todos os eventos citados nesta reportagem aconteceram em menos de sete dias. O relógio nos Estados Unidos parece estar girando cada vez mais rápido.
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